Mamãe é a primeira a telefonar:
Eu estava louca pra ser avó de novo!
É mentira, claro. Não tem nem um ano que meu sobrinho Davi nasceu. Mas que bom, mãe serve pra isso mesmo, pra vibrar em todos os momentos, e não pra te encher de perguntas. Valeu, mãe, te amo também.
Ivana diz que perdeu quatro dentes com a notícia, pergunta se isso foi golpe para garantir estabilidade no emprego e se já me inscrevi no Bolsa Família.
Dominik, que também está grávida, manda uma mensagem que me faz chorar no táxi de volta pra casa. Jéssica, outra recém-barriguda, me manda boas-vindas ao clube das cinturinhas de ovo. Oh, God, eu tinha esquecido essa parte.
Não que minha cinturinha ainda existisse, mas o que se viu 48 horas depois do letreiro POSITIVO piscando na Doca de Souza Franco é digno de nota: 80% das minhas calças simplesmente se recusaram a fechar o zíper. Blusas de malha encolheram misteriosamente, e as calcinhas, bem, não sei como eu me sentia vestida com aquilo. Eu era uma grávida aprisionada no corpo de uma não-grávida.
ei!, a mensagem da cinturinha de ovo quem mandou fui eu, oh! a new geration chega sem avisar, aposentando todas as roupinhas lousho número 38 por um bom tempo. frasco de óleo de amêndoa de um litro, queridam.
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