sexta-feira, 25 de março de 2011

Os meus, os seus, os nossos

Muita gente pode não entender como uma senhora de 36 anos pode falar de gravidez não planejada. 
Queridos, a vida real é assim. Pelo menos a minha, of course. Fiz até uma sinopse pra facilitar a história, caso vc não me conheça.

Primeira gestação: 24 anos. Tempo de namoro: três meses. Pai: Dirceu. Entre namoro, gravidez e fim do casamento foram três anos. A Clarice tinha dois na época. Hoje é adolescente, adora fotografar, ler e escrever. Se eu deixar, passa o dia no computador criando looks. O pai casou de novo e mora em Brasília.  

Segunda gestação: 28 anos. Tempo de namoro: menos de um ano. Pai: Marcelo. Terminamos e descobri que estava grávida. Ele tinha ido embora pra outra cidade, voltou, tentamos de novo, não deu certo. Quando nos separamos a Bia tinha dez meses. Ele morreu em março de 2006, vítima de problema cardíaco. Ela tinha três anos. É uma das crianças mais alegres e cativantes que conheço. Aprendeu a ler sozinha, aos quatro anos, canta, dança e desenha como ninguém. Diz que vai ser veterinária.

Levando em consideração esse histórico, essa é a minha gravidez menos não planejada, digamos assim. Dois anos de casada, um apartamento onde convivem eu, meu marido, Rogério, minhas duas meninas, o filho dele, Daniel, o gato Gustavo e a cachorrinha Pepita. Ou seja, com a casa cheia são sete criaturas. E ninguém nunca se matou (nem chegou perto disso). Uma típica família moderna, com todo mundo junto. Mas estava faltando, sim, alguém que seria a ligação entre todas essas pessoas. Sabe aquela história de “os seus, os meus, os nossos”? 

Nenhum comentário:

Postar um comentário